A legalidade da vitória de Léo Português (PSB) nas eleições para a prefeitura de Anchieta segue sob questionamento, alimentando uma crise política local. Na quarta-feira (05), Marquinhos Assad (Podemos), segundo colocado com menos de 3% de diferença, publicou um vídeo intitulado “Esperança” em seu Instagram, afirmando confiar na Justiça e declarando que “ela será feita e breve”. A postagem reacendeu o debate público sobre as eleições, marcadas por denúncias de irregularidades.

A coligação de Marquinhos Assad e Edinho É Demais (MDB) formalizou uma Ação Investigativa contra o ex-prefeito Fabrício Petri e Léo Português, acusando-os de práticas ilegais durante a campanha. Segundo fonte próxima à equipe de Marquinhos, funcionários da prefeitura já foram convocados pela Polícia Federal para depor sobre supostos crimes eleitorais, supostamente cometidos sob coordenação de Petri. A investigação busca apurar indícios de uso indevido de recursos públicos e influência na apuração.

No mesmo vídeo, Marquinhos denunciou o corte de água em um ponto utilizado para a manutenção de áreas verdes em um bairro da cidade, interpretando o fato como retaliação política. A alegação amplificou a insatisfação popular: nos comentários da postagem, moradores relataram problemas como falta de investimento em saúde e infraestrutura, associando-os à gestão do atual prefeito. 

A mensagem de “Esperança” de Marquinhos ecoou entre apoiadores. Frases como “Justiça pode tardar, mas não falha”, repetida por ele, foram compartilhadas dezenas de vezes. “Queremos transparência, não aceitamos fraudes”, destacou outra moradora.

O caso aguarda decisões judiciais, que podem cassar o mandato de Léo Português e confirmar a perda de direitos políticos por oito anos. A decisão também afeta o ex-prefeito Fabricio Petri e o vice-prefeito Renato Lorencini.

Anchieta tem menos de 200 mil habitantes e nenhum dos candidatos obteve 50% dos votos válidos, e de acordo com a Lei Eleitoral, caso Léo Português seja cassado, o segundo colocado é quem assume a Prefeitura.  

A PF não se pronunciou sobre os depoimentos. Com a tensão em alta, Anchieta vive um impasse entre a defesa do resultado nas urnas e a demanda por investigações rigorosas.

ASSISTA O VIDEO: https://www.instagram.com/p/DG1WO8AxfR4/